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Foto do escritorMauricio Volpi

Conceito de navio voador autônomo com inspiração soviética quer revolucionar a logística marítima

Atualizado dia 23/07/2022


A Flying Ship Company, com sede no estado americano da Virgínia, está trabalhando em um novo tipo de navio para o transporte marítimo de cargas, autônomo e voador. O veículo traz uma inspiração soviética, mais precisamente, na tecnologia Ekranoplan, que aproveita o princípio aerodinâmico do chamado “efeito solo” para voar sobre a água.

Ou seja, um trabalho dotado de princípios trazidos do final da década de 1960, sendo aplicados em uma estrutura atualizada em tecnologia, materiais e motores elétricos. Em seu site, a empresa afirma que o navio voador fornecerá “uma alternativa rápida e econômica às operações tradicionais de carga”, sendo até 10 vezes mais rápido que uma embarcação tradicional.



“Esses Flying Ships com patente pendente vão revolucionar o setor de logística global com a combinação de propulsão elétrica híbrida e aerodinâmica do século XXI. A integração desses conceitos diminui drasticamente o custo do veículo, melhora a eficiência do combustível e reduz as emissões de CO2”, diz a empresa ao apresentar seu vídeo no YouTube – que já superou a marca de 1 milhão de visualizações:

Um navio autônomo que voa

Basicamente, o efeito solo que sustenta o conceito do navio voador oferece uma redução no arrasto e usa o downwash das asas para criar uma almofada de ar abaixo delas, fazendo o veículo se elevar. Essa elevação adicional permite uma diminuição no uso de energia entre 30 a 50% em comparação com aeronaves tradicionais ao transportar o mesmo peso.

A embarcação também está sendo pensada para não precisar de tripulação, já que será equipada com tecnologia autônoma de ponta. Mas de início, a empresa indica que os navios elétricos serão semi-autônomos, tendo dez metros de comprimento para operações na infraestrutura marítima existente – usando marinas, praias e rampas para barcos já em operação. Em alcance, são estimadas 500 milhas náuticas (926 km) por carga e, em capacidade de carga, cada unidade poderá transportar 1.200 kg.

Por serem classificados como embarcações marítimas, os veículos não são regidos por reguladores federais do espaço aéreo, o que pode beneficiar uma entrada mais rápida no mercado e menores custos de desenvolvimento e operação. Agora, de acordo com a empresa, as gerações futuras não serão apenas totalmente autônomas, mas também maiores e farão uso de tecnologias alternativas de propulsão verde para dobrar o alcance e aumentar a capacidade de carga em até 2.700 kg.

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