Futura estação da Linha 6-Laranja ficará 69 metros abaixo da superfície e deve ser aberta no final de 2025 ligando o ramal à Linha 4-Amarela
Compartilhado pelo site Metrô - CPTM 13/07/2022
Um passeio até as profundezas de São Paulo. Assim será a futura estação Higienópolis-Mackenzie, da Linha 6-Laranja do Metrô. Como o site mostrou ainda nos tempos da concessionário Move São Paulo, a parada será a mais profunda do Brasil, com suas plataformas localizadas a 69 metros da superfície.
Após todos os problemas enfrentados pelo projeto, que ficou parado por mais de quatro anos, as obras da estação recomeçaram no ano passado e finalmente a Acciona, responsável por sua construção, iniciou a escavação do poço central que levará até o nível das plataformas.
Imagens recentes divulgadas pela empresa mostram o poço avançando vários metros para baixo, após a Acciona ter aberto a área onde ficará o mezanino. Serão oito níveis até o passageiro chegar à plataforma e cinco lances de escada até o mezanino, segundo mostra um desenho técnico obtido pelo site. Trata-se de uma altura equivalente a um edifício de 14 andares, mas construído no subsolo (veja abaixo).
Para os passageiros que hoje acham cansativo acessar as estações Pinheiros (Linha 4) e Santa Cruz (Linha 5), será um percurso ainda mais penoso, porém, não tanto para os usuários que farão conexão com a Linha 4-Amarela na estação homônima, cujo túnel de ligação ficará a apenas dois pisos da plataforma. A dificuldade, porém, será o longo percurso entre as duas estações, com cerca de 300 metros, praticamente o dobro da distância entre Consolação e Paulista.
A Acciona prevê abrir a Linha 6-Laranja em outubro de 2025, mas o cronograma depende da retomada dos trabalhos com os tatuzões, cujo primeiro deles está parado desde fevereiro.
Pelo perfil da região por onde passará, a Linha 6-Laranja terá mais outras estações bastante profundas como PUC-Cardoso de Almeida (61 metros), FAAP-Pacaembu (58 metros), Bela Vista (59 metros) e São Joaquim (54 metros).
Trata-se de uma característica inerente às linhas de metrô convencionais, que não permitem grandes ângulos de subida e descida por comprometerem o desempenho em tração. Isso acaba fazendo com que o perfil dos túneis não possam variar demais, obrigando a que estações em níveis elevados sejam mais profundas para compensar outras estações em cotas mais baixas, como Perdizes, por exemplo.
O Metrô de São Paulo, entretanto, está estudando novas tecnologias capazes de permitir que os trens possam funcionar em ângulos um pouco mais elevados a fim de reduzir a profundidade das estações. Um ganho mesmo que pequeno se traduz em economia no projeto por exigir menos escavações e estruturas subterrâneas. Além, é claro, de facilitar os deslocamentos dos passageiros.
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